Você tem 30 anos, é vice-presidente de uma empresa de serviços financeiros na icônica Wall Street, com um excelente salário e do nada decide abandonar tudo para abrir uma livraria online.
Detalhe: era 1994 e a internet ainda era algo obscuro e utilizada por apenas 16 milhões de pessoas em todo o mundo.
Parece loucura, não é mesmo? Mas foi assim que começou a história de Jeff Bezos e da Amazon, que hoje vale mais de 1 trilhão de dólares (consegue imaginar a quantidade de zeros?).
E não pense que a empresa começou com um grande escritório e muito dinheiro. Tudo começou numa casa de três quartos e uma garagem, que serviu como sede nos primeiros anos.
O site, que se dizia a primeira loja virtual de livros do mundo, foi ao ar em julho de 1995, muito antes de grandes livrarias ganharem presença na rede. Graças a descontos agressivos, a Amazon logo começou a fazer nome e a incomodar a concorrência.
Desde o início da empresa, na cabeça de Bezos, a Amazon tinha que ser não apenas uma loja virtual confiável, mas também mais útil do que uma loja física. E é isso que move a cultura da empresa até hoje.
Você pode pensar agora que ele levou sorte por ter a ideia certa, na hora certa… mas será que só isso seria responsável por transformar aquela empresa de garagem numa empresa de trilhões de dólares?
É óbvio que não!
Mais do que um novo capítulo na história da venda de livros, Bezos e Amazon foram responsáveis por estabelecer novos padrões de mercado em todo o mundo e a idéia dele desde o início pode ser resumida em uma frase que ele disse ao The New York Times em janeiro de 1997:
“Não somos uma empresa lucrativa. Poderíamos ser, seria a coisa mais fácil do mundo. Mas também seria a mais estúpida.”
Oi? Desde quando ter lucro seria estúpido e prejuizo algo inteligente?
Calma, você vai entender a estratégia genial desse careca simpático que hoje acumula uma fortuna de quase US $200 bilhões…
Em prol do crescimento rápido e de vantagens competitivas no futuro, fazia mais sentido pra ele perder dinheiro por algum tempo. Com mais ou menos sucesso, essa é uma estratégia replicada por startups de internet até hoje.
A hoje gigante da internet registrou o seu primeiro lucro da história em 2001.
Em palestras e eventos, contam histórias de que neste ano, em que a Amazon registrou lucro, Bezos no dia seguinte numa teleconferência com investidores e analistas de mercado pediu desculpas, falando que isso era inaceitável e nunca mais iria acontecer.
Mas por que isso? Porque na cabeça de Bezos, todo o dinheiro da empresa precisava ser investido em novas formas de receita e melhores formas de vender.
Tudo isso pode ser resumido na sua frase mais icônica:
“Sua margem é minha oportunidade”
Para ele, enquanto a concorrência focava em aumentar as margens de lucro, a Amazon deveria focar em ganhar mercado e equity.
E equity é a palavrinha responsável pelo que a Amazon se tornou e pela fortuna de Jeff Bezos.
Um case brasileiro de equity
Mas não precisamos ir até o Vale do Silício para pegar um grande case sobre esse tema e explicar o conceito disso e como aplicar no seu negócio.
Podemos pegar um caso de um brasileiro, carioca nascido na periferia: Flávio Augusto, fundador da WiseUP, MeuSucesso.com e ex-proprietário do Orlando City.
Equity, de acordo com Flávio, é um tema pouco conhecido entre os pequenos e médios empresários brasileiros, que estão focados em sobreviver, crescer ou desenvolver um produto. Não existe um lugar onde o empreendedor possa procurar ou aprender sobre o assunto.
De acordo com ele, o empreendedor que quer crescer o seu negócio deve olhar o valuation (valor de mercado), o interesse do mercado e do investidor na empresa e a capacidade de geração de caixa da empresa.
De acordo com ele, o sucesso de seus negócios está na gestão orientada no equity, implementando itens como recorrência, margem alta, governança, processos, entre outros.
Um grande exemplo do poder do foco em equity foi a venda do time de futebol Orlando City, comprado por ele pelo valor de R$ 485,7 milhões e vendido para a família Wilf por cerca de R$ 2 bilhões.
Antes de comprar o Orlando City em 2013, Flávio havia acabado de vender a WiseUp para a Abril por R$ 877 milhões (recomprada em 2015 por R$ 398 milhões) e deixou clara a visão dele sobre equity e negócios na frase:
“Uma empresa para o empreendedor é igual criar uma filha. Você cria com amor, carinho, mas uma hora ela precisa ir embora de casa. Você dá tudo por ela, mas chega um momento que ela precisa seguir o seu caminho.”
Entender a visão de Equity pode mudar a forma como você enxerga o seu negócio.
Estamos aqui para isso, para expandir sua visão e te ajudar a visualizar novas oportunidades.